O tempo não pára. Guarda-se o sabor de um beijo e a memória de um arrepio. Ou quase tudo. Guardam-se memórias numa caixa de papel que se atira para o fundo das gavetas. Enxagua-se as lágrimas num pano ali à mão e segue-se em frente que o caminho está a um só passo. Vê-se de tudo, nestas ruas - e para que tal suceda não é preciso mais do que andar de olhos abertos ao delírio das praças. A cidade tem cicatrizes e rugas.